Os sinos tocam dentro de mim
Às vezes é chamada Para funerais de amores antigos
Ás vezes é chamada
Para batizado de amor novato
Sou uma igrejinha
Enfeitada de nudez alfazemada
Desejando confissão
Os sinos tocam dentro de mim
Ainda que me digas ser avesso
Aos laços e seus hinos
E apenas me aceite nos dias de precisão
Os sinos se multiplicam dentro de mim
Cada vez que dobras os joelhos
Mais e mais necessitado de comunhão
(p. 58).
DA POETISA ANA DE SANTANA – LIVRO: EM NOME DA PELE – 2008